O Afocefe Sindicato, representado pelo presidente Alexandre Luzzi, pela diretora Jurídica e Legislativa, Claudia Meyer e pelo diretor da Febrafisco, Paulo Bitencourt, participou, nesta segunda-feira, 03, da cerimônia de instalação da Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa.
Proposta pelo deputado Adão Pretto Filho (PT), que será o coordenador da Frente, o
objetivo, conforme o parlamentar, é intensificar as ações de conscientização junto aos homens e a elaboração de leis para proteger a vida das mulheres. A Frente foi criada em 2011, numa iniciativa inédita no país liderada pelo então deputado Edegar Pretto, que conduziu os trabalhos até 2022.
O deputado alertou para os números alarmantes da violência contra a mulher somente nos dois primeiros meses deste ano. Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, foram registrados 3.669 casos de lesão corporal, 389 estupros e 15 feminicídios. Adão Pretto afirmou que o aumento da violência familiar e doméstica exige ações de prevenção e combate.
‘’O propósito é somar esforços sem tirar o protagonismo das mulheres na luta por seus direitos. Queremos dialogar com os homens e fazer da luta contra a violência uma bandeira de toda a sociedade. A cultura machista vem de muitas gerações e não mudará da noite para o dia. Romper com isso requer um trabalho persistente de conscientização de todos, inclusive, de jovens e crianças”, afirmou o deputado.
A deputada federal Reginete Bispo (PT/RS), painelista da 2ª edição do Diálogos Afocefe, realizado na última quinta-feira, 30, que tratou dos desafios femininos para ocupar espaços públicos, destacou o trabalho social que vem sendo realizado pelo Sindicato e saudou a diretora Claudia Meyer pela iniciativa em ampliar o debate sobre a luta das mulheres por igualdade. Disse que o enfrentamento à violência tem sido uma pauta nacional porque os números são crescentes. “Esse diálogo profundo com os homens precisa ser feito. Eles precisam ser tratados, reeducados e ressocializados’’, afirmou. A deputada também fez referência à violência de gênero e de racismo na política, que precisa ser enfrentada.
A defensora pública, dirigente do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, Liseane Hartmann, também chamou a atenção para a importância de envolver os homens no combate à violência contra as mulheres. “Precisamos fazer com que o homem participe desse diálogo porque na maioria das situações é o homem o agressor e o destinatário maior da Lei Maria da Penha”.
O evento reuniu lideranças políticas de diversos municípios, ativistas de movimentos sociais, representantes de entidades que atuam na defesa dos direitos das mulheres e autoridades em geral.
