O presidente do Afocefe Sindicato, Alexandre Luzzi, participou, nesta quinta-feira, 09, do debate sobre Reforma Tributária, juntamente com o presidente do Instituto Justiça Fiscal, Dão Real Pereira dos Santos e a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Livi Gerbase.
Promovido pela Rede Estação Democracia, foram esclarecidos pontos cruciais das principais alterações propostas na Reforma Tributária, que está no centro dos debates no Congresso Nacional, e a importância de realizar uma ampla discussão com a sociedade.
‘’A sociedade não faz parte das discussões e nem decisões de governo. Como sindicalistas, vamos promover este debate com a população para que se aproprie dos temas tratados e conheça os reais impactos das propostas e de que forma irão se refletir na sua vida’’, afirmou Alexandre Luzzi.
Citou a Escola Afocefe, que irá disponibilizar, a partir de maio, cursos online gratuitos à população em geral para que compreenda o papel dos tributos e sua importância no financiamento de políticas públicas e na prestação de serviços públicos de qualidade.
Dão Real enfatizou que reforma que promete crescimento econômico para daqui há dez anos nem deveria estar sendo discutida. ‘’Em 2020, 500 bilhões de reais foram isentos do imposto de renda. Se não houvesse esta isenção, aumentaríamos a arrecadação em 120 bilhões e seria possível elevar o limite de isenção e devolver para quem ganha até R$ 5 mil o que estas pessoas pagariam de imposto. Isso não teria muito mais efeito na promoção de políticas públicas, combate a desigualdades e desenvolvimento econômico do que esta reforma que está sendo discutida?’’, questionou. ‘’Comunicação é essencial, precisamos tornar politicamente compreensível esta discussão, senão dificilmente haverá uma Reforma Tributária que atenda aos interesses dos trabalhadores, da população e da economia’’, complementou Dão Real.
Livi Gerbase discorreu sobre o papel do serviço público no contexto de reforma, ressaltando que o desmantelamento das políticas públicas estimula as privatizações. Defendeu uma reforma tributária solidária, que reduza as enormes desigualdades sociais e garanta os direitos fundamentais.