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Situação precária da pista do Posto Fiscal de Iraí é destaque na GZH

Autor 24 de abril de 2023 No Comments

Falta de manutenção na pista do posto da Receita Estadual de Iraí aumenta risco de acidentes

Diariamente, caminhoneiros são obrigados a fazer manobras arriscadas, a fim de tentar desviar dos buracos

Conhecida por Rota da Produção, a BR-386 no norte do Estado,  principal via de ligação com o oeste catarinense e centro oeste do país, está tirando o sono dos motoristas que trafegam pela rodovia e precisam acessar a pista de fiscalização de mercadoria do posto da Receita Estadual de Iraí, na altura do quilômetro um.

Diariamente, caminhoneiros são obrigados a fazer manobras arriscadas, a fim de tentar desviar dos buracos, que estão por todos os lados. e de acordo com eles, não são raras as vezes em que caminhões ficam atolados, pneus furam e molas e suspensões quebram, no momento em que os motoristas param para as vistorias.

O operador de logística de uma empresa de transporte de Frederico Westphalen, Rogério Raimondi, revela que todos os dias recebe reclamações de colegas sobre o estado da pista, e que o trecho é uma dor de cabeça constante:

— A palavra que melhor resume a situação da pista é a vergonha. Um posto dessa importância largado à própria sorte é lamentável. A empresa está tendo prejuízos constantes, em razão das “buraqueiras” do local. Em muitos casos, o prejuízo vem depois de rodar alguns quilômetros, quando estoura um pneu ou quebra uma suspensão — desabafa o funcionário.

De acordo com o Sindicato dos Técnicos Tributários, com exceção do Posto de Torres, no Litoral Norte, que passou por reformas e teve os problemas de infraestrutura solucionados, a situação de degradação asfáltica e sinalização se repete em outros quatro postos da Receita no Estado.

— Vacaria, Erechim, Barracão e Nonoai também estão em condições degradantes. Mas certamente Iraí é o local que está em piores condições. Há mais de três anos que não é realizada uma intervenção no local. A situação fica ainda mais crítica nesta época do ano, porque estamos em época de safra, cujo movimento é cinco vezes maior do que o normal — ressalta o presidente do Sindicato dos Técnicos Tributários, Afocefe, Alexandre Luzzi.

Segundo o presidente, o temor maior é de que aconteça um acidente, pois, muitos caminhões ao fazerem as manobras quase tombam sobre a via. Ele ainda acrescenta que a precariedade não é só física, mas também de falta de pessoal:

— Infelizmente, os trabalhadores são submetidos a condições degradantes de trabalho, nesses locais. Com uma demanda grande de serviço, onde muitas vezes é realizado por uma pessoa só. Há um concurso em andamento, com pessoas sendo chamadas, para diferentes setores da instituição, mas a área de trânsito de mercadoria está desassistida há anos com uma reposição de pessoal abaixo do ideal — pontua Luzzi.

Há mais de três anos que não é realizada uma intervenção em Iraí, segundo o presidente do sindicatoArquivo Pessoal / Divulgação

Postos como o de Iraí, por exemplo, contam com 16 funcionários no trânsito de mercadorias, divididos em cinco turnos. O que dá três pessoas por turno. A lotação ideal, segundo o sindicato, é mais que o dobro da capacidade atual.

Soluções

GZH Passo Fundo entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre as condições da pista do Posto da Receita Estadual de Iraí, mas  o departamento afirmou que o local não está sob sua jurisdição, que é responsabilidade do Governo do Estado. Por sua vez o Executivo Estadual em nota declara que “a equipe da Receita Estadual do posto fiscal de Iraí já abriu processo licitando correção da pista. O projeto no momento está no Daer e está seguindo fluxo previsto. Em relação ao trabalho de fiscalização segue normalmente, e a Secretaria da Fazenda segue periodicamente nomeando servidores com o intuito de garantir a prestação de serviços essenciais.”

Fonte:  GZH 20/04/2023